escultura "amor" de Alexander Milov 2015 Éramos dois adultos com cabeça de criança, ou duas crianças brincando de ser adulto. Brincávamos de casinha, eu sendo a esposa e ele o esposo sem saber exatamente qual a função de cada um. O amor não era exatamente um amor, era só um ensaio do que poderia ser, já que ambos nunca tinham sido amados na vida, não sabiam como expressá-lo e qual a medida certa para tal. Tudo era experimento, tudo era novo como o mundo para a criança, tudo era tentativa e erro, só que com consequências reais. Até o momento onde os erros se tornaram maiores que o próprio amor; e este não conseguiu se sustentar por ser muito novo, frágil, instável. A relação se tornou um presídio, já não era mais tão divertido brincar de casinha, brincar de ter uma família - com as noções de família que cada um trazia - era pesado, maçante e até perigoso; arriscado alguém se ferir (de todas as formas possíveis). E então eis que brincadeira se acaba com inúm...