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Mostrando postagens de outubro, 2021
 Minha mãe tinha uma regra de nunca bater nas costas ou na cabeça dos filhos, sempre nos membros inferiores e superiores para não causar nenhum dano grave .... Aí a gente cresce e recebe porrada na cabeça
 Nada é mais pesado do que carregar dois pais infantis nas costas
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 Escutando sem prestar atenção na tv para não ouvir o silencioso vazio da minha solidão e o barulho caótico da minha cabeça
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 Em meio a pandemia, um hotel de esquina é mais seguro que a minha casa

Sangue

 Roupa ensanguentada, mãos ensanguentadas, tudo por causa de um chafariz que não para de jorra sangue, mas eu também não fico quieta e mexo constantemente nele até mutilar com meus dedos, isso me dá prazer mesmo sabendo o quão errado é tudo isso e logo me arrependo, num gozo molhado de saliva e sangue e após, a penitência como uma punição por achar tão bom algo que faz tão mal e não consegui parar com essa compulsão invasiva que me machuca cada vez mais e mais. Peço socorro de forma silenciosa, ninguém pode saber o que se passa comigo, mas sozinha eu não dou conta de parar, é um vício, e como toda dependência, me afunda e tenta me cegar, alienar para não ter nenhuma atitude contra porque, no fim das contas, traz prazer e sensações boas como essa eu não tenho ao alcance todos os momentos.

Limpeza pesada

 Eu gosto de fazer limpeza pesada em um lugar específico, não precisava desse exagero, mas me faz bem, sinto prazer, mesmo me fazendo tossir horrores e ficar exposta a pegar alguma doença respiratória. Quanto mais eu limpo, quanto mais eu cavo, maior é o buraco deixado e na realidade, não deveria ter buraco algum, não é saudável. Eu me machuco toda vez que quero limpar, mas é uma necessidade, para poder respirar melhor, mas há consequências graves. Me deixa suscetível a doenças e vulnerável a julgamentos por isso me calo, ou falo por códigos, como nesse texto. Não posso ser objetiva, pro meu próprio bem, pra me proteger do mundo e me manter no meu mundinho de excessos, prazeres, dores e feridas...
 Se respeito é quase amor, inveja é quase ódio

Sirenes de ambulância

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 Sirenes de ambulância do filme se confundem com os da vida real, cada vez mais comum na nossas vidas há dois anos, coisa que era raro antes da pandemia. Hoje encaro com normalidade esse som tão característico.
 Meus amigos são aquele suporte que meus pais nunca conseguiram ser. amo vocês

Pandemia

 Conviver 24h com meus pais é desesperançoso.  é desmotivador e da vontade de desistir da vida quando se pensa que a vida é só isso