O Demônio

De repente escuto um som de portão:



são as portas do inferno se abrindo para o Demônio Mor chegar em seu veículo cor de sangue das vítimas que ela sugou suas vidas, ouço seus passos pela casa, vai até a cozinha e fala com sua súdita, uma escrava submissa e amedrontada como todos os que convivem com ela. 


Conversam por algum momento, ou melhor a súdita lhe responde com "sim, senhora/não, senhora" exatamente como o Demônio a ensinou para lhe poupar sua alma, ouço seus passos se aproximando, estremeço de raiva - não de medo- sou a única que não a temo e por isto a enfrento deixando-a enfurecida de ódio (que é a unica coisa que temos em comum, o ódio uma pela outra), meu pedacinho de céu estar comigo para me proteger de suas garras e não me deixar enlouquecer neste inferno que não pedi para nascer, estar comigo para me mostrar o que é uma relação saudável e o que é o amor, pois onde nasci e vivi só se encontra reprovação, cupabilização, rancor, mágoa e ÓDIO!!!


Ela para no meio do caminho e se volta para seu quarto, o escritório das almas perdidas, lá descansa na sua cama que são aparadas por todas as almas que esta roubou que gemem com o peso negativo de sua energia interna.


















 Ela pega uma caneta onde a tinta é o sangue dos inocentes e escreve em sua lista os nomes das próximas vítimas que inflama ao escrever, ela ri com sadismo e goza da sua crueldade. 












Liga o telão para ver as almas e energias boas que esta já sugou por onde passa e sente-se orgulhosa dos seus "amigos", então sente um vazio em seu ser pois toda a energia que suga não é suficiente para lhe tampar a negritude de sua alma, então pega o telefone e escolhe uma das suas vítimas - que ela tira a vida aos poucos, sugando de forma imperceptível, seduzindo-as e interpretando papéis de vítima, de boa samaritana, vestindo sua pele de cordeiro para melhor se apresentar - e chora ao pé do telefone todas as mágoas, mostrando o quão cruel eu sou com ela e quanto de bondade ela já me fez esperando que a pessoa caia em sua armadilha e quando a pessoa acredita e dar razão a ela, ela solta um leve sorrisinho sádico no canto da boca e pensa "mais um que eu fisguei".






Sua capacidade de convencimento é tão grande que são raras as pessoas que conseguem identificar o seu jogo de intrigas, suas verdadeiras intenções e não se entregam a tempo de perder a alma, eu mesma já fraquejei algumas vezes, analisando se eu realmente estaria tão errada quanto ela me diz, caindo no seu joguinho sádico e minhas lágrimas tão puras alimenta a sua alma negra, é de mim que ela consegue a maior energia por isto me tem como cativeira ligada a ela a um nó emocional que não me deixa seguir minha vida,
as vezes até acreditando que não consigo viver sem a sua pseudo-ajuda, porém anjos na minha vida mostram a luz no fim do túnel, me ensinam o que é o amor e como devem ser as relações saudáveis entre as pessoas. 














Por estes anjos agradeço de alma (ou o que resta ainda dela, pois o Demônio ainda não conseguiu tirá-la totalmente de mim, ainda mantenho a ferro e fogo, porém isto custa muito caro, as vezes cedo as tentações e desço no nível dela enegrecendo todo meu coração e provocando as atitudes mais baixas, dissimuladas, raivosas e impulsiva - as vezes penso em matá-la pois resolveria todos os problemas, mas penso que desorganizaria o equilíbrio yin e yang do mundo e ao descer ao nível dela e o que me tornaria? Talvez teria que ocupar o seu lugar para reestabelecer o equilíbrio).




AMOR R. C.
 Os anjos me mostram e tiram o melhor de mim, mostram que ainda tenho pureza no meu ser e preciso enfrentar a negritude implantada no meu coração para que o bem vença. Mas esta batalha é tão cansativa!!! e nunca pedi pra ser a escolhida, para estar entre o bem e o mal e fazer esta escolha.... quanta responsabilidade para uma mulher com atitudes infantilizadas que só queria ser mais uma na multidão.

Mister M.

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