Confiança

A confiança se iguala a uma mulher recém desvirginada:

Ela decide se entregar, se abrindo e se deixando vulnerável perante ao outro que penetra no seu íntimo tão pequeno, apertado e inexplorado que a machuca; por mais cuidadoso que tente ser não consegue evitar; uma vez que quanto mais entra, mais ferida ela se sente, pois este abre um espaço nunca antes aberto por e para ninguém. Inevitavelmente sai rasgando-a por dentro e enquanto ele sente prazer de estar dentro dela, ela sente dor e medo afastando-o, pois não aguenta ter alguém dentro do seu íntimo, a conhecendo tão profundamente. O medo a consome e o arrependimento aparece e enquanto ele se satisfez com sua vulnerabilidade, ela se sente vazia como se alguém tivesse roubado algo valioso. Aberta e exposta, a dor sangra e escorre como uma lágrima!


escrito Julho 2011

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