uma luz no fim do túnel



 Um lapso de alegria no meio do olho do furacão, uma faísca quando se lasca duas pedras para fazer fogueira mas logo morre por não ter alimentado o suficiente.

 Aquela velha história: quando a esmola é demais o santo desconfia, no meu caso nem precisa ser muita, só a esmola em si, um centavo, já desconfio pois minha vida é catastrófica, é uma odisseia monumental com uma lupa no negativismo, quando dá algo bom... parece estar errado, não fiz por merecer e desconfio que depois da bonança vem a tempestade.

A escuridão me acompanha, velha companheira, me sinto confortável nela, aprendi a enxergar no escuro, aprendi a me virar nesta vastidão negra! Quando entra luz, uma luz no fim do túnel, me desnorteia, perco o rumo, ironicamente me cega, sinto fotofobia e tenho medo de seguir a luz que me tire da escuridão tão familiar para mim.

A sombra estar grudada no meu pé, refletindo um eu no chão quando o sol bate em mim e mesmo saindo da profunda escuridão terei sempre que lidar com a sombra me perseguindo dia mas não a noite, a noite é reconfortante, onde tudo é penumbra, vulto e escuridão!


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