O mundo, uma ilusão cerebral!

O mundo que vemos nada mais é do que conceitos formulados por nossos cérebros, padrões estabelecidos para nos guiarmos, para termos no que nos basearmos. Só sabemos o que é uma bola ou o que é um braço porque algúem conceituou aquilo para nós. Só entendemos algo novo quando este é comparado com algum conhecimento antigo que possuímos. O interessante é que, se conceituamos as coisas, tudo é uma mera interpretação cerebral não significando que seja daquele jeito de verdade, significa a verdade de uma só pessoa que nem sempre é a verdade de todos - e tem gente que teima em pregar a sua verdade como uma verdade absoluta, como se isto existisse! - Tudo é relativo, depende da forma como vemos as coisas, depende da referência que temos - Einstein que o diga!

E o mais interessante: temos uma capacidade enorme de mudar! É uma questão de sobrevivência, somos seres adaptáveis. Nosso cérebro tem uma plasticidade enorme e muda com mais frequência do que imaginamos, ele procura caminhos novos se algo não dar certo, por exemplo, se um neurônio morre, todos ao redor substituirão a função deste. Baseando-me em um documentário "reconstrução do cérebro", um cego pode ver e tudo é possível! Isto não significa que é fácil, mas é possível: cientistas desenvolveram uma máquina que estimula o cérebro a procurar outros caminhos, por exemplo, sendo a visão um sentido, utiliza-se outro órgão do sentido para ativar o local da visão, ou seja, utilizam-se outros caminhos para se chegar no mesmo objetivo! De acordo com estes cientistas, o simples fato de pensarmos em fazermos algo ativa os mesmos locais no cérebro de quando praticamos a ação pensada, demonstrando o tanto que um simples pensamento tem poder e o tanto que isto é significativo. Este mesmo cientista disse que é bom termos cuidado com o que pensamos pois pode influenciar muito no que se quer e nas nossas atitudes (ou ausência delas).

Mais interessante ainda: nosso cérebro nos engana! Um paciente perdeu um braço mas dizia senti-lo, isto se chama membro fantasma: o cérebro acredita que  ainda existe um membro naquele local, sentindo até mesmo dor! Seu médico fazia vários testes como cutucar o rosto do paciente com um objeto e este dizia exatamente o que sua "mão" fazia no rosto (interpretação cerebral), fizaram uma caixa com espelho onde o paciente via o seu braço refletido e seu cérebro interpretava como sendo os dois braços, até mesmo o médico posicionou seu braço como se fosse o do paciente enganando o cérebro deste. Voltando ao cientista, ele disse que por mais plástico que nosso cérebro seja e sua alta capacidade de modificação (até mesmo com um simples pensamento), ao mesmo tempo somos rígidos: estamos vinculados a conceitos e vivencias do passado que, as vezes, não nos deixa ver as outras possibilidades e alternativas.

Por isto, é preciso se libertar daquilo que nos prende: conceitos antigos de vidas passadas, de uma infância ou adolescência, é preciso aprender a se desapegar, mesmo não sendo nada fácil assumir que tudo aquilo que se acreditava ser uma verdade a vida inteira pode não existir mais, pode não ser mais ou mesmo nunca ter sido ou existido!!!! Fica-se sem base, sem parâmetros e agora? Da vontade de se agarrar mais naquilo que nos prende pois ali se está seguro: é cômodo saber exatamente o que fazer ou deixar de fazer! Mas então... a vida continua a mesma, sem mudanças porque a pessoa também não muda e o mundo está em constante mudança, é preciso acompanhar - mesmo que em um ritmo mais lento, ao nosso próprio modo - é necessário se adaptar as mudanças que a vida nos traz, assim como o cara que perdeu o braço: não a nada a se fazer a não ser se adaptar, a aceitar, pois senão continuará sentido dor em um membro que nem existe mais e nem tem como tratar/curar!

escrito dia 19/01/11

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