Intolerância

-
Falar mal das coisas é tão fácil né? Julgar atitudes, crenças, principalmente do que não entendemos, não compreendemos, o diferente sempre incomoda justamente por não caber nos nossos conceitos já estabelecidos. Acho que até aí nada demais: somos humanos e temos nossos próprios conceitos sobre o mundo e o que é certo e errado e, com base neste padrões que estabelecemos para nós, "ditamos" o que poderia ser certo ou errado. O problema está em se fechar para as outras interpretações da mesma verdade, acreditando que o que você estabeleceu como valores, principios...  deve ser visto como o absoluto sem outras interpretações. E é aí que está a dificuldade: se desapegar daqueles conceitos e padrões que você formulou para você mesmo (que funciona para você) e tentar ver o mundo com outros olhos, em um outro ângulo, com a visão do outro (que pode ser o total oposto do que você pensa). A intolerância é mais fácil de se praticar do que a tolerância, esta precisa de um exercício constante de sair do nosso conforto do nossos conceitos e correr o risco de nos perdermos em conceitos novos
 
escrito dia 06/01/11

Comentários

  1. Anônimo17 de outubro de 2011 às 11:39

    Nós seres humanos, somos seres fascinantes, não? Como nos apegamos, como queremos levar tudo com a gente...queremos levar pessoas, objetos, dinheiro, status, poder...nunca queremos perder nada, né? Entretanto, sinto que esse tanto de coisas que carregamos com a gente acabam se tornando a gente, eu sou minha religião, minha família, meu emprego, sou aquilo que tenho e que me definirá...e nos esquecemos por fim que para sermos seres plenos, saber amar verdadeiramente, temos que saber nos libertar... amar sem prender as pessoas, trabalhar sem ser o seu trabalho, ter as coisas que vc julgue necessário sem serem fundamentais para sua felicidades, mas eu como qualquer pessoa sei das dificuldades disso, assim como sei que é mais fácil me amarrar a tudo que acredito e tenho e dizer que o contrario é feio e burro, ser intolerante e matar o diferente, ao invés de perceber que o erro vive em mim, ser pequeno que não consegue escapar de sua própria realidade mediocre para ver que na vida há algo que vai mais além...há belezas que não se tocam, amores que não se sente e milagrres a espera de nossa compreensão.
    bjus,
    minha querida amiga...
    belas palavras a sua que me fizeram pensar.
    Mr. M.

    ResponderExcluir
  2. insanidade construtiva17 de outubro de 2011 às 11:47

    as suas palavras me remetem a outro texto que escrevi neste blog, acho que irá complementar o seu raciocínio... detalhe, me baseio na ciencia juntamente com uma filosofia pessoal, espero que você leia e goste:


    http://insanidadeconstrutiva.blogspot.com/2011/06/o-mundo-uma-ilusao-cerebral.html

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

leve desabafo

-
 estresses e mais estresses: a maioria da sociedade não nos entende e nos cobram atitudes que desconhecemos pois nunca nos foi ensinado, com isto precisamos vestir mascaras e tentar viver como pessoas normais em meio de tanta cobrança, tanta "desempatia". As vezes acho que somos os verdadeiros lutadores e vencedores, os mais tolerante se for pensar afinal somos os diferentes vivendo num mundo de modelos prontos, perfeitos e comuns e quem não consegue lidar com o diferente são eles, a sociedade, nós lidamos com o diferente do nosso cotidiano todos os dias, precisamos sobreviver a  toda esta falta de compreensão e empatia dos "normais" e fingir que nos encaixamos, precisamos entender todo mundo enquanto ninguém nos entende.
Leia mais

Shiu!

-
Imagem
Ela tem um buraco dentro de uma cavidade, ninguém sabe porque ninguém vê, só ela sente, mas não consegue parar de cavar. É segredo, mas não é sagrado; é secreto mas não é sacro; pelo contrário: é demoníaco! Vai consumindo-a aos poucos, vai machucando-a cada vez mais, vai se auto destruindo... Até quando? Até onde ela vai se auto destruindo assim? Que fim terá isso?
Leia mais

esborço de uma relação

-
Imagem
escultura "amor" de Alexander Milov 2015 Éramos dois adultos com cabeça de criança, ou duas crianças brincando de ser adulto. Brincávamos de casinha, eu sendo a esposa e ele o esposo sem saber exatamente qual a função de cada um. O amor não era exatamente um amor, era só um ensaio do que poderia ser, já que ambos nunca tinham sido amados na vida, não sabiam como expressá-lo e qual a medida certa para tal. Tudo era experimento, tudo era novo como o mundo para a criança, tudo era tentativa e erro, só que com consequências reais. Até o momento onde os erros se tornaram maiores que o próprio amor; e este não conseguiu se sustentar por ser muito novo, frágil, instável. A relação se tornou um presídio, já não era mais tão divertido brincar de casinha, brincar de ter uma família - com as noções de família que cada um trazia - era pesado, maçante e até perigoso; arriscado alguém se ferir (de todas as formas possíveis).  E então eis que brincadeira se acaba com inúm...
Leia mais